Um dos desafios dos especialistas de Treinamento e Desenvolvimento – T&D é medir o ROI de treinamento online e comprovar a eficácia dos programas e cursos oferecidos em relação às necessidades e expectativas de colaboradores e empresa.
E ainda, é esse indicador que pode comprovar se para sua empresa o melhor é promover cursos presenciais ou aproveitar as ferramentas de tecnologia EAD e oferecer a modalidade e-learning.
Mas, o que isso significa? Por que o ROI é tão importante para a estratégia de desenvolvimento de programas de treinamentos e cursos? E, como é efetuado esse cálculo?
O que é ROI
Em primeiro lugar é preciso saber o significado do acrônimo em inglês ROI. Ele vem da frase em inglês return of investment, ou seja, retorno do investimento.
A fórmula básica para calcular o ROI é:
Quando falamos de produtos ou serviços, o termo “valor arrecadado” corresponde ao que foi obtido com as vendas e o “investimento” refere-se ao valor que foi utilizado para o desenvolvimento e oferta desse produto ou serviço.
Em se tratando de treinamento online, as variáveis precisam ser analisadas de outras formas, não somente cifras. Aqui podemos ter índices facilmente detectados, como valores investidos na aquisição de plataformas utilizadas para o desenvolvimento de cursos.
Mas, também temos que levar em conta fatores de difícil mensuração, como, por exemplo, o desenvolvimento da inteligência emocional ou do trabalho em equipe.
O ROI é o indicador que vai comprovar a rentabilidade e efetividade da educação corporativa, por isso, escolher as métricas e indicadores corretos é essencial para calcular com exatidão e ter dados confiáveis para embasar o desenvolvimento de futuros cursos.
Antes de calcular o ROI de treinamento online
Antes mesmo de planejar e estruturar um programa de treinamento ou curso e-learning é importante detalhar o planejamento, pensar nas métricas para analisar sua eficácia, abrangência e até o engajamento dos colaboradores durante os cursos.
Antes de calcular o ROI de treinamento online, é preciso cumprir as seguintes etapas:
1. Planejamento
Esse é o primeiro (e fundamental) passo antes de pensar em lançar um programa ou curso de capacitação. Esta é a etapa para definir o conteúdo, alinhando-o aos objetivos da empresa e os resultados esperados com o curso a ser oferecido.
2. Métricas
Neste passo, a busca é por números que reflitam ganhos ou melhoras nos indicadores escolhidos. Há uma variedade enorme de indicadores, de acordo com as características de cada empresa, porém, como exemplo podemos citar: unidades produzidas; clientes conquistados; tempo para lançar ou preparar um projeto/produto; índice de satisfação do cliente; quantidade de retrabalho ou peças refugadas etc.
Caso já existam métricas anteriores, elas podem ser de grande utilidade para criar histórico e valores de comparação em relação aos cursos anteriores.
3. Fatores externos
Devem ser evitadas métricas que sejam influenciadas diretamente por fatores externos. As métricas devem ser estáveis em um determinado tempo. Como exemplo de fatores externos, temos: surgimento de um produto concorrente, crises econômicas, características regionais ou sazonais, entre outros.
4. Tecnologia
As plataformas de e-learning possibilitam a geração de uma infinidade de dados importantes para avaliar os cursos oferecidos aos colaboradores. A tecnologia é uma grande aliada dos profissionais de desenvolvimento de cursos e possibilita a ampliação do ROI de treinamento online. Por exemplo, o iSpring Suite Max conta com uma ferramenta de criação de questionários onde é possível coletar feedback dos colaboradores sobre os cursos ou qualquer outra pesquisa que for necessária.
E, por ser baseada no PowerPoint, possibilita criar cursos rapidamente, sem exigir conhecimentos técnicos ou de programação. Além disso, permite criar cursos com vídeos, o que aumenta o engajamento e aprendizado dos colaboradores.
Com uma ampla biblioteca de imagens e templates, o iSpring Suite Max deixa os conteúdos mais atrativos e dinâmicos.
5. Aceitação da empresa
Todos os itens anteriores não serão possíveis de realizar ou não terão relevância se não houver envolvimento de toda a empresa. É importante que as áreas envolvidas participem do desenvolvimento e da escolha das métricas. Desta forma, o ROI terá legitimidade e aceitação de todos.
Importante lembrar que o ROI – retorno do investimento, só pode ser determinado exatamente após o projeto de treinamento ter sido realizado. Para ter uma visão antecipada é preciso estabelecer os indicadores e prever os resultados, utilizando projetos similares anteriores ou projetos de outras empresas com características semelhantes.
5 dicas infalíveis para calcular o ROI de treinamento online
O professor emérito da Universidade de Wisconsin, Estados Unidos, e ex-presidente da Sociedade Americana para Treinamento e Desenvolvimento, Donald Kirkpatrick (1924-2014), estabeleceu as bases de um modelo de avaliação inovador.
Quando foi criado, esse modelo foi considerado a primeira metodologia de avaliação do planeta. Atualmente é o método mais conhecido e utilizado nos processos de treinamentos em empresas de todo o mundo.
Os quatro níveis de avaliação propostos por Kirkpatrick são: reação, aprendizagem, comportamento e resultado. São dicas perfeitas e acrescentaremos um quinto nível para calcular o ROI e para fornecer as informações necessárias para a eficácia dos cursos online:
1. Reação
O modelo de Kirkpatrick começa com a análise da resposta dos alunos ao treinamento. Por meio de pesquisas estruturadas e aplicadas no decorrer do curso, os colaboradores fornecem o feedback sobre o aprendizado e aplicação do conteúdo em seu dia a dia. Desta forma, podem ser avaliadas as ferramentas utilizadas, a pedagogia, os instrutores e o conjunto do curso. Essa etapa fornece subsídios para detectar as possíveis falhas estruturais e a falta de engajamento.
2. Aprendizagem
Nesta etapa são colocados à prova o conhecimento, habilidades, atitudes e comportamentos pretendidos com o curso. Aqui é avaliado se o colaborador realmente aprendeu o que era esperado pelo curso. O profissional de desenvolvimento de cursos deve traçar metas de desempenho esperadas, assim poderá fazer comparativos de antes e depois do curso.
3. Comportamento
O grau em que os participantes aplicam o que aprenderam durante o treinamento quando estão de volta ao trabalho. A empresa deve oferecer ambiente e a cultura que valorize o aprendizado, para conseguir engajamento dos colaboradores. Aqui seus hábitos e comportamentos são avaliados com perguntas bastante objetivas e sempre direcionadas ao conteúdo do curso, por exemplo:
- O colaborador está mais focado em suas tarefas?
- O colaborador utiliza as ferramentas/tecnologia de forma eficaz?
- Os prazos estão sendo cumpridos rigorosamente?
4. Resultados
Neste nível é avaliado o impacto que o treinamento terá sobre o negócio, ou seja, se atingiu seus objetivos e metas, que podem ser aumento de produtividade, melhores taxas de conversão de vendas, tempo de setup de máquinas, novos clientes, redução de acidentes, entre outros.
OBSERVAÇÃO: Para o planejamento de um novo curso, é indicado começar analisando o nível 4 e retrocedendo aos demais, assim consegue-se estabelecer claramente o melhor resultado desejado antes de planejar o programa de treinamento.
Atendidos os quatro níveis do modelo de Kirkpatric e obtidos os números necessários, deixamos a quinta dica, incluída pela pesquisadora Patti Phillips que é, finalmente:
5. Calcular o ROI dos programas de treinamento online
Assim, vamos a um exemplo prático para medir o retorno econômico que um programa de treinamento gera em uma empresa.
Como descrevemos anteriormente, a fórmula para medir o ROI consiste em calcular o ganho que o curso gerou (utilizando os quatro níveis anteriores) e dividir pelo custo total do programa ou curso.
Esses custos podem ser aquisição de softwares/equipamentos, professor convidado, entre outros. Aqui já temos um diferencial entre o e-learning e os cursos presenciais. Nos presenciais as empresas arcam com custos de locação de salas e equipamentos, cattering, transportes, estadias, além do deslocamento da equipe de treinamento e dos colaboradores.
A fórmula completa, medida como uma porcentagem, é a seguinte: Benefícios obtidos pela empresa / Custos do programa X 100. Se o resultado da fórmula for maior que 100%, então o programa de treinamento pode ser considerado um sucesso e é lucrativo para a empresa.
Por exemplo:
ROI = [(40.000 – 20.000) / 20.000] x 100
ROI = [20.000/ 10.000] x 100
ROI = 2 x 100 = 200%
O valor de 200% significa que para cada 1 real investido no curso, a empresa ganhou R $2, o que é um grande resultado financeiro.
Conhecer o ROI do treinamento online auxilia na tomada de decisão para novos investimentos em capacitação dos colaboradores. Ele proporciona ao desenvolvedor dos cursos a medida exata de quais cursos funcionaram e quais precisarão ser melhorados.
É possível medir a efetividade não só dos cursos, mas também identificar os melhores métodos, professores, softwares de criação de cursos e demais fornecedores.
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